Fernando Gabeira *
O tema da educação na Rio+20 é muito amplo porque coloca em cena a preparar 7 bilhões de habitantes do planeta, grande parte jovens, para a etapa do desenvolvimento sustentável.
Um dos tópicos mais importantes é da educação para o consumo. No dia 21 de março, em Brasília, foi realizado um fórum específico, com a presença de ministros do governo, para tratar do assunto.
Não é fácil porque o tema, de um modo geral, é tratado de uma forma racional e compete com uma publicidade que combina fatores ecomocionais e alta qualidade técnica.
O movimento ecológico já deu algumas pistas, bem pedagógicas. Os quartos Rs, por exemplo, são uma contribuição para o programa educacional. Reparar, reduzir, replicar, reutilizar são os verbos chaves para um programa de educação para o consumo.
Cada um deles pode ser objeto de um trabalho específico, oferecendo inúmeras alternativas. Nada impede que o trabalho educativo se apoie em imagens e outras instrumentos da narrativa moderna.
Reduzir, por exemplo, foi uma das grandes aspirações brasileiras em 2000, quando tivemos um apagão de energia. Tanto no Brasil, como na Califórnia, no meio da década dos 90, uma campanha educativa contribuiu para uma redução de cerca de 20 por cento do consumo, sem perda de eficácia.
Da mesma forma, embora se viva num país com grandes reservas, é preciso educar para o consumo de água no planeta. Muito do desperdício nasce da falta de informação.
Uma grande batalha se dará também no campo mais filosófico. A ideia que a publicidade passa é a de que a felicidade depende da quantidade e variedade do consumo.
Isto não é verdade em muitos casos. O desejo de consumo ilimitado é uma necessidade produzida também pelo extraordinário avanço da publicidade.
Há pequenos filmes de propaganda, como é o caso das jóias Cartier, que podem ser vistos no YouTube, que custam muito mais do que uma produção de um longa metragem.
Se a educação para o consumo não aprimorar também seus instrumentos narrativos, a disputa será sempre muito desigual.
Esse é um tópico importante dentro do tema educação e Rio+20. Ele não demanda apenas um programa para se chegar a uma eficácia educacional. Ele pede quase uma revolução na narrativa pedagógica.
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Ter GABEIRA antenado com programas que venham trazer benefícios para nosso pais, é sempre uma grande tranquilidade. Gabeira trabalhando para que certo, sem pensar em grana, em falcatrua, em troca de favores.
Gabeira é competente, inteligente, e mergulha fundo em tudo oque faz por isso ter Gabeira, é garantia de coisa boa, pois se começar a haver falcatruas ele boita a boca no trobone e sai de cabeça erguida.
Gilda – RJ
Somente a título de exemplo, cito aqui um fato concreto ocorrido em uma Universidade brasileira, pública e de alto conceito.
Uma pessoa foi defender sua tese de Mestrado cujo tema era reciclagem, reaproveitamento, etc com uma postura ou hábito a ser adquirido pelas pesoas tanto no dia a dia em casa, quanto no trabalho e lazer: lugar de guimba de cigarro é no cinzeiro e não no vaso sanitário, garafas de plástico usadas como sementeiras, ao imprimir algo que não saia perfeito, usar o verso do papel como rascunho, etc e seguindo esta linha para empresas e industrias.
Ao final de sua defesa, a banca se reuniu, e o mestrando tirou A com louvor, porém um integrante da banca fez uma observação oral :
“Voce devia ter usado um papel melhor e não este barato amarelado. A boa apresentação tb faz parte da tese”.
Alguns segundos de silêncio total,e o mestrando meio sem graça mas ao mesmo tempo com bastante segurança respondeu:
“Professor, tenho ciência de que a aprestação de qquer trabalho deva ser exemplar, e procurei organizar o texto da melhor maneira possível, e penso que consegui. Porém, quanto ao papel meio AMARELADO, informo a todos que é MAIS CARO que os bonitos e brilhantes e o usei por ser tratar de PAPEL RECICLADO e dessa forma ser coerente com o assunto de minha tese: reaproveitamento, reciclagem, etc. ”
Foi aplaudido de pé e o professor não se deu por achado e o aplaudiu de pé tb.