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Educação

Palestra com José Eli da Veiga discutiu Economia Verde

Gabriela Bueno*

                                  “Uma economia que resulta em melhoria do bem-estar da humanidade e igualdade social, ao mesmo tempo em que reduz significativamente riscos ambientais e escassez ecológica”. Assim pode ser definida a Economia Verde, como explicou o professor e pesquisador José Eli da Veiga em palestra ao SINPRO-SP, no último dia 10.

O evento discutiu como é possível alcançar, ou pelo menos se aproximar, da realidade proposta pela Economia Verde. Segundo José Eli, precisamos inicialmente desmistificar o tema. A Economia Verde não exclui o lucro, e também não elimina todos os danos ao meio ambiente, ela apenas equilibra esses dois pontos junto às necessidades da sociedade.

De acordo com Eli da Veiga, um dos passos mais importantes para dar início ao processo de transformação da Economia em Economia Verde é se libertar de alguns velhos hábitos de medição de desenvolvimento. Exemplo disso é o Produto Interno Bruto. Muitos índices são obtidos diretamente dele, como disse o professor “todas as nações estão guiadas pelo aumento do PIB, hoje essa medida é a “deusa” da sociedade moderna. Não se trata apenas de complementar a medição com outro processo, mas mudar completamente a forma de medição”.

Um dos itens da pauta da Rio+20, conferência da ONU que acontece em junho no Rio, é a discussão sobre indicadores de desenvolvimento sustentável, e como defini-los. Hoje a mais usada é a ‘pegada’, segundo José Eli da Veiga: “A ‘pegada’ compara o quanto uma nação, ou até mesmo um único indivíduo, consome e a capacidade de restauração dos ecossistemas diante disso”.

De acordo com o professor, deve haver um “descolamento dos índices do uso de recursos naturais e os impactos ambientais”. A situação “ideal” seria aquela onde o bem-estar da humanidade, junto com o desenvolvimento das nações, cresce, enquanto os impactos ambientais diminuem.

Rio+20
O Rascunho Zero, como o termo indica, é uma prévia do que deve ser discutido durante a Rio+20 e do que futuramente poderá se transformar em um acordo de colaboração entre países. “Há uma unanimidade: a Rio+20 deve indicar objetivos a serem alcançados, e esses devem se assemelhar aos ODM (Objetivos do Milênio) das Nações Unidas” conta José Eli da Veiga.

Educação e desenvolvimento sustentável

Em entrevista para o SINPRO-SP, José Eli da Veiga falou sobre os desafios da escola e do papel do professor para o desenvolvimento sustentável. Confira no vídeo abaixo:

» Acesse a apresentação da palestra de José Eli da Veiga no SINPRO-SP

» Veja aqui o Rascunho Zero da Rio+20

» Quer saber mais sobre a conferência, confira aqui o conteúdo especial da GIZ sobre o tema


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