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Educação

Didática na prática

By 21/11/2013No Comments

Elisa Marconi e Francisco Bicudo*

Quando a educadora Andrea Ramal convidou o pedagogo Bruno Taranto Malheiros para escrever o livro Didática Geral, da coleção Série Educação (Editora LTC), que ela estava organizando, o professor da Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE) precisou voltar um pouco ao tempo em que cursava a graduação para captar o que faltava no ensino da didática para os futuros educadores. “Me lembro que na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), estudamos muito as grandes teorias e correntes da didática, o contexto histórico, mas quando eu entrei numa sala de aula pela primeira vez não sabia o que fazer, como me comportar”, lembra Malheiros. E essa foi a senha para encaixar esse tema tão fundamental para a formação de professores na coleção liderada por Andrea, que tem como objetivo abordar as questões relativas à educação, de maneira prática e eficiente.

“Não é, portanto”, explica o autor, “um compêndio das teorias sobre a Didática ao longo dos séculos, mas antes um grande guia para ajudar os estudantes de Pedagogia e professores já formados a ministrar aulas mais eficientes, aplicar jogos, avaliar e etc”. Para conseguir esse efeito – certamente caro àqueles que enfrentam turmas de alunos ao longo dos dias – Didática Geral trabalha principalmente com situações-problema, exemplos, estudos de caso e sugestões de jogos e atividades. Segundo Malheiros, a ideia era mesmo apoiar o professor na sala de aula, ensiná-lo a saber o que fazer em cada situação, lacuna que, se o pedagogo sentiu quando estava na graduação, certamente outros colegas também sentiram e sentem até hoje. Talvez tenha sido essa uma das razões para a obra ter conquistado o primeiro lugar da categoria Educação no Prêmio Jabuti 2013, um dos mais prestigiados do país.

Embora ainda não tenha tido um retorno dos alunos educadores e dos futuros educadores, o professor da ENCE já sabe que várias faculdades adotaram seu livro premiado como bibliografia básica de algumas disciplinas e até de cursos inteiros. “Percebi essa lacuna e escrevi um livro que procura saná-la. Acho que essa é a maior contribuição da obra e, por isso, deve ter figurado entre os selecionados para o Jabuti”, conclui.

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