Gabriela Bueno *
“Beleza não se julga, apenas se questiona. É assim devemos também entender a Arte”. Dessa maneira é que o Prof. Antonio Santoro começa a explicar sobre manifestações artísticas contemporânea em palestra realizada no SINPRO-SP no dia 24 de abril.
A iniciativa de desmistificar o que é a arte moderna, e assim compreendê-la, foi ideia da diretora do Sindicato, Beth Vespoli. Segundo ela, “Algo como esse evento se fazia necessário pois atende aos docentes que desejam enriquecer suas aulas, porém não se sentem a vontade por não conhecem muito sobre o assunto”.
Esse é o exemplo de Elisangela dos Santos. Professora da educação infantil, ela veio à palestra a fim de conhecer mais sobre a Arte Contemporânea. “Quero adquirir conhecimentos sobre o tema para poder modificar e melhorar a minha prática docente com as crianças”, conta.
Já a professora de inglês, Adriana Rezende, costuma utilizar o grafite em suas aulas para ilustrar um pouco da cultura americana. Porém quis vir à palestra para conhecer mais sobre os movimentos de vanguarda. “Arte são manifestações culturais apresentadas de formas diferentes. Quero entender por que algumas obras são arte e eu não considero dessa maneira”, explica.
Sobre o contato com a Arte Contemporânea, em entrevista à Revista Giz, há algumas semanas, o Prof. Santoro explica que é algo irreversível. “O olhar muda, passamos a enxergar o mundo de uma maneira muito mais sensível, muito mais cheia de significados. Não tem volta. Os canais de sensibilidade não se fecham mais depois de abertos e, normalmente, quem mais torcia o nariz para a arte contemporânea é quem mais se identifica com ela”. Ainda bem.