Na casa de Segall
Pátio do Museu, com destaque para uma das esculturas de Lasar Segall
Localizado em uma simpática rua de paralelepípedos da Vila Mariana, o Museu Lasar Segall é dedicado ao legado do artista, com acervo formado por mais de 3 mil trabalhos originais, entre pinturas, gravuras, desenhos e esculturas.
O espaço, pequeno, tem um quê de aconchego. Não é à toa. O museu foi instalado na casa onde morava e também trabalhava Segall. Conta com um salão para mostras temporárias, um ateliê para cursos e atividades educativas e um cinema. Destaque para biblioteca especializada em artes do espetáculo e fotografia.
O visitante poderá conferir a exposição 50 obras do acervo, uma seleção com os trabalhos mais representativos do artista e também aproveitar a seleção de filmes do Cine Segall (veja aqui a programação da semana).
A partir do dia 27 de julho, entra em cartaz a exposição temporária Noites Brancas: Dostoievski Ilustrado, com gravuras e desenhos de diversos artistas ilustradores das principais obras do escritor russo.
Além da visita ao museu, o passeio também vale pela oportunidade de apreciar, ali na mesma rua, a Vila Modernista, um conjunto de casas projetadas pelo arquiteto Gregori Warchavchik nos anos 1930, hoje tombadas pelo Patrimônio Histórico.
Museu Lasar Segall Rua Berta, 111 (estação Santa Cruz do Metrô) Informações: 2159-0400 www.museusegall.org.br Horário: das 11h às 19h – fechado às terças-feiras
Em cartaz, o cinema brasileiro
Fachada da Cinemateca Brasileira: antigo matadouro municipal; edificação tomada pelo Condephaat
O antigo matadouro municipal da cidade cedeu lugar à casa do cinema. A Cinemateca Brasileira, localizada em uma pacata área da Vila Clementino, na capital Paulista, reúne o acervo filmografia nacional, funcionando com um centro de documentação e pesquisa.
Com sessões temáticas e especiais, o local vale a visita por sua programação de filmes, claro, mas também por suas instalações, edificações históricas inauguradas no século XIX, tomadas pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat). O espaço ainda oferece ao visitante um generoso jardim, que fica especialmente convidativo em uma tarde de sol na cidade.
A partir de 19 de julho, entra em cartaz a retrospectiva “Horror no Cinema Brasileiro” (veja aqui os dias e horários das sessões). A mostra reúne uma seleção de títulos representativos do gênero, que é pouco associado à história da produção nacional.
Estão também programadas as sessões “ABC” e “Curta Cinemateca Especial” (confira a programação de julho).
Cinemateca Brasileira Largo Senador Raul Cardoso, 207 (próximo à estação Vila Mariana do Metrô) Informações: 3512 6111 www.cinemateca.gov.br
Aventura dos livros
A dica aqui não é a visita a um espaço cultural propriamente dito. Mas a possibilidade de integrar uma biblioteca mundial que se articula em torno da livre circulação de livros, conhecida como Bookcrossing.
Espalhado por diversos países, inclusive o Brasil, o projeto funciona assim: o leitor é convidado a passar adiante um livro, com o objetivo de fazê-lo chegar às mãos de outro leitor. O bacana é que eles não precisam ser necessariamente conhecidos.
Na prática, basta cadastrar o livro no site (http://www.bookcrossing.com.br/) para gerar um código daquele exemplar. Depois é só imprimir a etiqueta oficial do projeto, anotar nela o tal código e colar no livro. A partir daí começa a aventura.
O usuário pode presentear alguém com aquele livro ou simplesmente deixá-lo em algum lugar da cidade. Pode ser um dos pontos do Bookcrossing Brasil ou qualquer outro que sugerir: no banco da praça, no ônibus, na estação de trem, enfim, em um local público para possa ser encontrado e lido por outra pessoa.
Daí por diante, todos que encontrarem o livro são convidados a ajudar no rastreamento, contando histórias, partilhando experiências. E quem cadastrou o livro também pode saber por onde está circulando. Convidativo, não?
Bookcrossing Brasil www.bookcrossing.com.br