Gládiston de Souza Coelho*
O olhar de um ser com sua alma em chama
em pleno ardor no vasto céu se enceta,
compõe o plano o arco de uma seta
que em tantos corações a dor inflama
E agora o verde fel o amor derrama,
pinçando o rude peito em uma reta,
assim uma alma à outra se completa
e tece amor a vida em turva trama
Mistério virginal que o espaço encobre,
estranha força, luz que se espalha
na alfombra glacial que aquece o dia.
Mas pode um sentimento raro e nobre
tecer a estrutura frágil e falha
e equilibrar as forças com harmonia?
Gostaria de saber mais a respeito deste autor, pois o poema é muito bom