Os professores que vieram comemorar seu dia no Sinpro-SP foram presenteados com uma hora de muita motivação e bom humor no encontro com Fabrício Carpinejar.
O tema da noite era Educar é brincar com os próprios defeitos: Pollyanna não estava totalmente errada. Segundo Carpinejar: “hoje as pessoas acham que ser feliz sempre é ser tolo ou infantil. Não há nenhuma tolice ou infantilidade em levar essa felicidade ao trabalho”.
A mensagem de otimismo e valorização da carreira veio recheada de pensamentos profundos como a de que professores são invisíveis e “desimportantes”, pois são capazes de dar espaço ao outro, ou ainda de que o professor é perdedor de tempo: perde tempo para ouvir o aluno e demonstrar ternura.
Carpinejar fala que a sociedade não deveria tratar um professor como um coitado, mas sim temê-lo. “Se deve temer todos os que têm amor pelo que se faz. Amor é a maior força que existe e por isso é imprevisível. Ninguém sabe do que ela é a capaz de fazer”, disse.
Ao ser perguntado sobre o que o levou a ser professor, Fabrício foi categórico: a curiosidade. “Eu me tornei professor pela insaciável curiosidade que eu tenho pelo mundo, eu não me canso de querer saber, de querer aprender. Foi isso que me levou a ensinar.”
Ele acredita que um bom professor é aquele que é acessível aos alunos, que troca com eles. Por exemplo, trazer algo da vida pessoal para os alunos, mas sempre mantendo a distância entre a aproximação e a se tornar informal. “Deixar que os alunos criem laços com ele, que se identifiquem com eles. Os melhores professores que tive foram aqueles que não eram impessoais. Mas é importante saber a diferença entre isso e a informalidade. Não se pode de jeito nenhum permitir que a informalidade invada a sala de aula. Não existe cabimento chamar o aluno pelo apelido.”
Além disso, acrescentou também que, em sala de aula o único jeito de ter controle absoluto é pelo tédio. Quando não acontece nada é que se pode prever o que ocorrerá em seguida. O professor tem que entender que ele não pode controlar todos os alunos da sala de aula. Se o aluno mexe no celular, o professor deve aproveitar aquilo e inserir o celular de alguma maneira na aula.
Usando de muito bom humor Fabrício foi capaz de mostrar que tudo se pode aprender sozinho menos a fé. O professor é aquele que acreditando em seu aluno, mesmo naqueles mais difíceis, ensina o poder da fé, de que você pode tudo se alguém acreditar em você e aí nada pode dar errado.
O encontro, que começou com um coquetel, terminou num delicioso café.