Quem chegava ao SINPRO-SP para o Laboratório de Material Educativo da 31ª Bienal, que aconteceu em 20 de agosto, era tomado pela inquietude de saber para o que seriam as mesas com cartolinas, giz de cera, lápis de cor e canetinhas que estavam espalhadas pela sede do Sindicato. A produtora de conteúdo do setor educativo, Regiane Ishii, diz que o material será usado para os participantes, no fim da tarde, desenvolverem peças sobre o que foi proposto durante o evento. A curiosidade continua.
Sobre o laboratório, Regiane conta que o é o primeiro momento para o professor se familiarizar com o material educativo, também chamado de Caixa de Ferramentas “Eu vou contar um pouco do processo de elaboração, de como a criamos a Caixa de Ferramentas em parceria com o educativo, a curadoria e outros educadores. Vamos propor que os participantes tenham um contato físico com o material e discutam em grupos as sugestões das pistas educativas”.
Aliás, as pistas educativas são proposições para serem discutidas em sala de aula. A curadoria quis trabalhar em diversas esferas da exposição, sob a ótica de quatro lentes: coletividade, conflito, imaginação e transformação. Especificamente no educativo, 10 projetos foram selecionados e discutidos a partir dos quatro conceitos, que resultaram em 40 pistas para serem trabalhadas na sala de aula.
A produtora de conteúdo explica como pretende trabalhar essas pistas com os professores durante evento. “As pistas que criamos têm apenas dois parágrafos curtos, e dentro desses dois paragrafozinhos dá pra desenvolver e inventar muita coisa como o que material se quer usar. Se eu vou usar canetinha, se eu vou usar uma câmera, eu vou usar alguma pintura. Então a minha ideia é que em grupos eles [os professores] possam escolher uma pista e desenvolvê-la a fundo. Por isso distribuimos as mesas assim. A ideia é que eles possam rabiscar a cartolina para organizar as ideias”. A curiosidade agora está explicada.
Arte além das Artes
Segundo Regiane as pistas não abordam apenas com o conteúdo de artes, muitas envolvem notícias, História e até Geografia. “Uma das minhas preferidas é uma pista que chama Centro/Periferia, onde a ideia é pegar um mapa oficial e, em grupo, cada um marcar o seu centro e a sua periferia e depois criar um novo mapa a partir do centro e da periferia de cada um”.