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Educação

Monteiro Lobato ainda em discussão

A audiência, realizada no dia 11 deste mês, sobre a possibilidade de existência de racismo no livro de Monteiro Lobato, Caçadas de Pedrinho, não teve uma solução formal definitiva. Contudo, ainda que não se tenha chegado a um acordo, as discussões avançaram no que trata da possibilidade de adoção da obra no ensino básico.  Confira o texto completo!

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Gabriela Bueno* 

O caso está em discussão desde 2010, quando o Instituto de Advocacia Racial e Ambiental (IARA) e o técnico em gestão educacional Antônio Gomes da Costa Neto pediram a anulação, através de um mandato de segurança, do parecer do Conselho Nacional da Educação (CNE) que autorizava o uso do livro no ensino básico. O IARA afirma que o livro faz “referências ao negro com estereótipos fortemente carregados de elementos racistas”.

A obra de Monteiro Lobato fazia parte do Programa Nacional Biblioteca da Escola entre os anos de 1998 e 2003, e era distribuído nas instituições de ensino público.

Uma nova reunião foi agendada para o dia 25 de setembro para discutir maneiras de garantir que, se o livro for liberado no ensino básico, será realizado o debate do tema racismo e diversidade étnica entre os alunos.

O parecer

No documento de autoria do CNE, está previsto que o livro Caçadas de Pedrinho contenha notas explicativas que detalhem o momento histórico em que foi escrito e expliquem sobre a possibilidade de existência de racismo.

Isso já acontece com a questão ambiental e a preservação dos animais. Em uma das notas consta, “num tempo em que os animais silvestres ainda não estavam protegidos pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA), nem a onça era uma espécie ameaçada de extinção, como nos dias de hoje”. Costa Neto questiona o porquê do mesmo não acontecer com a questão racial.

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