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Curtas

Arte e educação em pauta: como falar de coisas que não existem

By 30/05/2014No Comments
criatividade

substantivo feminino

1 qualidade ou característica de quem ou do que é criativo

2 inventividade, inteligência e talento, natos ou adquiridos, para criar, inventar, inovar, quer no campo artístico, quer no científico, esportivo etc.

3 ling capacidade que tem o falante de produzir e compreender um número imenso de enunciados, mesmo aqueles que não tinham sido por ele ouvidos ou pronunciados anteriormente [Decorre da competência linguística, que é o conhecimento intuitivo que todo falante possui dos princípios e regras da sua língua.]

De acordo com o Houaiss, criatividade pode ser entendida também como a capacidade de produzir e compreender um imenso número de enunciados, ainda que não ouvidos ou pronunciados anteriormente, e é isso que a produtora de conteúdo da 31ª Bienal de São Paulo, Regiane Ishii, mostra com maestria aos participantes nos Encontros de Formação de Arte Contemporânea: criatividade.

De fala doce, mas ao mesmo tempo contagiante, Ishii conduziu no último dia 27 mais um dos Encontros aqui no Sindicato. “A iniciativa do SINPRO-SP é incrível, o espaço é super aconchegante e há tudo para realizarmos uma conversa bem fértil até porque o Educativo tem os professores como um público muito carinhoso, e sempre se preocupa em pensar a formação deles”, disse a palestrante.

Durante o evento, que tinha como tema Cidade como matéria, foram apresentados tanto trabalhos artísticos que estarão nesta edição da Bienal, quanto outros selecionados para exposições anteriores, que têm em comum a metrópole no contexto da arte contemporânea. Regiane conta o porquê, “Minha proposta é abordar como a cidade estará presente na 30ª Bienal de várias maneiras. Tanto há artistas que têm a cidade como matéria-prima em si, quanto artistas que se inspiram nela, que tem como disparador as questões do dia-a-dia, das urgências, das questões da vida urbana.”

Sobre o tema

De acordo com Regiane, o “corpo-a-corpo” com a cidade e as particularidades do cotidiano metropolitano têm disparado diferentes proposições artísticas, muitas desenvolvidas por coletivos compostos por profissionais de diversas áreas. “Uma das questões dessa Bienal provoca é pensar a arte “arte, não arte”, inclusive alguns dos artistas selecionados não têm formação de belas artes propriamente ditas. Os projetos são arquitetos, pesquisadores e outros. Mesmo a lista de artistas é formada não só por “artistas” convencionais como entendemos.”

Na sala de aula

Até mesmo pelo fato das obras que estarão presentes na Bienal terem sido pensadas por um grupo tão heterogêneo, os temas tratados no Encontro extrapolam as aulas de Arte e caminham para discussões em diversas disciplinas. “Esse encontro de formação tem muito de arte reverberando em diversas áreas, pensando geografia, arquitetura, urbanismo, questões políticas. Tudo isso estará bem evidente, não apenas nos aspectos formais (da aula de educação artística), mas eu o que foi discutido nesse encontro reverberando em disciplinas como história, geografia, literatura e outras”, diz a produtora de conteúdo.

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