O que é a incubadora de projetos do Sinpro-SP?
É uma plataforma que oferece a possibilidade de divulgação e apoio a iniciativas de inovação conceitual e aplicada em diversas áreas de atividade docente. Embora sua adoção seja frequente no âmbito do empreendedorismo empresarial, também no campo científico e intelectual a presença de incubadoras tem crescido significativamente.
Os principais exemplos são os da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), de universidades públicas e privadas do país, de colégios e até mesmo de movimentos sociais.
Algumas reflexões pioneiras sobre o assunto permitem identificar sua dimensão cultural e social, como é o caso do artigo de Caroline Goerk (Incubadoras universitárias: sua contribuição aos empreendimentos de economia popular solidária) e do ensaio de Tatiana Santos Borba sobre tema correlato (Incubadoras universitárias e movimento social).
Trata-se, portanto, de criar um espaço virtual de compartilhamento da produção intelectual dos professores de todas as áreas do conhecimento e de todos os níveis de ensino, a partir de formulações pedagógicas diversas e plurais, que estimule e consolide o papel nuclear que nossa categoria tem no processo educacional, facilitando o debate e a divulgação dessa produção.
Por que criar uma incubadora?
A diretoria do SINPRO-SP está convencida de que quanto mais ampla for a presença pública do esforço intelectual dos professores maior ainda será o prestígio social de que nossa categoria já desfruta e mais difícil será o desrespeito aos seus direitos e condições de trabalho.
A produção intelectual dos professores é bastante variada e rica. Os Congressos de Pesquisa do Ensino que o SINPRO-SP tem organizado anualmente (em 2015 a 4a edição do evento fala sobre As Ciências Humanas na Educação) mostram uma quantidade e uma qualidade expressivas de produtos de natureza conceitual e/ou aplicada cuja característica principal é a da sintonia com os desafios didático-pedagógicos que as várias áreas do conhecimento enfrentam no cenário da cultura e no ambiente escolar de todos os níveis.
Por isso, a partir de 2016 a Incubadora dos Professores pretende abrigar e permitir que as reflexões tanto conceituais quanto aplicadas disponham de um espaço virtual de compartilhamento e tenham a dimensão social que merecem. Projetos de ensino específicos ou inter e multidisciplinares, resultados de pesquisas temáticas ou sobre a obtenção de resultados junto aos estudantes, novas formulações teóricas e filosóficas sobre áreas do conhecimento ou sobre a Educação, projeto didáticos, possibilidades de uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs), toda essa produção poderá ser incluída no acervo da Incubadora dos Professores.
Haverá um critério de seleção desses trabalhos?
Sim. Comitês formados por especialistas nas diversas áreas do conhecimento em diferentes perspectivas pedagógicas serão reponsáveis pela avaliação dos trabalhos apresentados a partir de quesitos que em linhas gerais levarão em conta a relevância do tema tratado, sua consistência teórica, conceitual, aplicada e empírica, a compatibilidade do métodos usados pelo(s) autores) do trabalho e a coerência dos resultados obtidos – parcial ou integralmente (*).
Uma vez selecionado, o trabalho passa a integrar o acervo da Incubadora, sendo divulgado nos veículos do SINPRO-SP, em redes sociais das quais nosso Sindicato participa, nas plataformas digitais de outras entidades e de todas as formas legitimadas pelo sistema educacional brasileiro.
Se meu trabalho for incluído na Incubadora dos Professores perco meus direitos autorais sobre ele?
A Incubadora do SINPRO-SP pretende ser uma referência para todo o sistema educacional mas todos os trabalhos disponibilizados na sua plataforma de compartilhamento são de propriedade intelectual exclusiva de seu(s) autor(es) e estarão sob a proteção da legislação que rege o assunto. Eventualmente, caso o(s) autor(es) do trabalho permita(m), ele poderá ser reproduzido no termos do sistema Creative Commons Brasil.
O princípio nos parece claro: compartilhar não quer dizer ceder ou violar direitos, embora as tecnologias digitais em rede facilitem seu acesso. O meio do caminho entre uma coisa e outra é também um dos desafios do nosso tempo.
(*) os regulamentos que especificam esses critérios ainda serão divulgados